Mudanças Climáticas com Karen Suassuna

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Para Karen Suassuna, analista de Programa de Conservação do WWF-Brasil, o debate sobre mudanças climáticas no país passa pelo enorme desafio de mudar a visão desenvolvimentista dos tomadores de decisão. Na entrevista abaixo, ela afirma que o assunto não pode ficar restrito à ministérios específicos ou negociadores internacionais.

poluicaoatmosferica01Qual é o desafio brasileiro na questão das mudanças climáticas?

O país possui grandes negociadores internacionais, apresenta posições interessantes no âmbito das discussões sobre a Convenção do Clima, mas enfrenta um desafio interno muito grande: a internalização do desenvolvimento sustentável é lenta no país. Esse é um dilema que precisa ser superado – e não está totalmente na mão desses negociadores.

O grau de complexidade da ação interna é muito grande. É necessário envolver o governo como um todo com a temática. A questão da alteração do clima não pode se concentrar apenas nas secretarias dos Ministérios do Meio Ambiente ou da Ciência e Tecnologia. É necessário que a temática ganhe uma atenção mais robusta.

Se a alteração do clima fosse efetivamente uma questão central no governo, por exemplo, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) se chamaria Plano de Aceleração do Crescimento Sustentável. São iniciativas desse tipo que não se percebe nas grandes linhas de ação governamentais.

Ainda se fala em desenvolvimento econômico, apenas, nas mais altas esferas de governo. A gente percebe isso no discurso do presidente, inclusive, quando ele aponta os biocombustíveis como solução para o problema climático, mas não aponta a complexidade econômica envolvida nesse processo, para um país do tamanho do Brasil.

Por essas razões, a tarefa de lidar com as mudanças climáticas não deve ser só dos negociadores. É preciso que a discussão e a tomada de ação sejam muito mais estratégicas no Brasil, não ficando apenas restrita a poucas mentes.

DEGELO E EXTINCAOO Plano Nacional de Mudanças Climáticas é um bom exemplo de ação internacional e interna?

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas foi apresentado à comunidade internacional, ainda que voluntária e informalmente, apontando para uma redução do desmatamento interno. E isso é importante. Mas agora espera-se que o governo brasileiro melhore o documento.

O plano, por exemplo, conta com pouquíssimas ações na área de adaptação e ainda não há idéia, na área governamental, de como essa discussão será desenvolvida.

É preciso começar a desenhar cenários também para as demais áreas econômicas do país, mostrar o perfil das emissões, estabelecer objetivos concretos até 2030 e implementar ações eficientes para que o Brasil seja, de fato, uma liderança internacional no processo.

Quais são os principais obstáculos para que isso aconteça?

O grande problema, como vimos há pouco, é o fato de que a visão de desenvolvimento brasileira ainda não incorporou a sustentabilidade. Temos presenciado, nos últimos anos, o fato de que a questão ambiental é considerada por muitos como um bloqueio ao crescimento do país.

O desafio, portanto, é transformar essa noção de desenvolvimento imediato e a qualquer custo em uma visão estratégica de desenvolvimento sustentável a médio e longo prazo. A perspectiva de sustentabilidade ambiental, econômica e social ainda não foi incorporada por alguns setores muito importantes, como a energia e o desenvolvimento social.

Em algumas áreas registra-se progresso, mas em outras há quase um vácuo criativo em relação ao assunto.

http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/karen-suassuna

Controversos investimentos em petróleo

Notícia – 15 – mai – 2013

Arrecadação recorde em Rodada de Licitação deixa claro quais são as escolhas energéticas para o Brasil

Mapa com os blocos licitados no Maranhão e no Piauí mostra a proximidade destes com Unidades de Conservação (©Greenpeace)

A 11ª Rodada de Licitação da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que estava prevista para acontecer nos dias 14 e 15 de maio (terça-feira e quarta-feira, respectivamente) terminou antes do imaginado. Ontem mesmo foi anunciado o resultado de arrecadação recorde de R$2,8 bi. Muitos devem estar comemorando o investimento que entra no país, mas um olhar mais atento revela que não serão apenas bons frutos que renderão deste dinheiro.

Esta Rodada marcou o reinício das atividades de concessão de petróleo no país, paradas desde 2008, quando as descobertas do pré-sal foram anunciadas na Bacia de Santos e o governo suspendeu as licitações para rediscutir o regime de exploração.

Esse investimento bilionário foi utilizado, principalmente por grupos estrangeiros, para arrematar 143 blocos exploratórios em 11 bacias sedimentares no Brasil. A ANP estima que os blocos em terra e em mar, situados principalmente em território inexplorado no norte e nordeste do país, tem reservas estimadas em 9,1 bilhões de barris, pouco mais de 10% do que estima-se existir no pré-sal brasileiro, uma das maiores reservas mundiais.

A gigante petroleira britânica BP, responsável pelo maior acidente da história no Golfo do México, venceu junto com a Petrobras, Total e Petrogal, seus sócios, as licitações de oito blocos em águas profundas na costa brasileira, incluindo vários na bacia da Foz do Amazonas. A região é uma das mais frágeis e desconhecidas da nossa costa.

“Parece que o Brasil não aprendeu mesmo a lição de que a exploração de petróleo não é uma tarefa simples e segura”, afirma Renata Nitta, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Ela ainda completa, “o país continua depositando suas esperanças econômicas no óleo negro que parece valer ser explorado a qualquer custo.”

Em outra regiões do país, a situação não foi muito melhor. A filial da norueguesa Statoil arrematou os seis blocos oferecidos na bacia marítima do Espírito Santo. A região é área de influência para proteção do banco de Abrolhos, região que abriga rica biodiversidade marítima e local de reprodução das baleias jubarte.

Dessa maneira a petroleira entra, junto com a Perenco, no clube das empresas que colocam os corais de Abrolhos e a área de reprodução de baleias do cone sul vulneráveis a acidentes e vazamentos. Em terra, a encrenca também é grande. Os blocos terrestres licitados nos estados do Piauí, Maranhão, Alagoas e Bahia estão sobrepostos a 76 assentamentos da reforma agrária.

“Este novo leilão pode levar o Brasil para mais uma aventura em alto mar, em regiões sensíveis do nosso litoral”, diz Renata. Para piorar, o governo decide permitir a exploração com tecnologia do passado, parte das plataformas foram construídas há 30 ou mais anos, aumentando a probabilidade de termos acidentes, ela continua.

Também seguimos sem um Plano Nacional de Contingência, instrumento que poderia nos ajudar a ter um maior controle do que acontece na exploração de petróleo, uma vez que o governo segue investindo em óleo e gás. Devido a todos esses problemas, o Greenpeace lançou o site Lataria, observatório que monitora as plataformas antigas da região do pré-sal e apresenta seus dados e histórico de acidentes.

“O risco de acidentes deveria incentivar uma mudança para uma matriz energética mais limpa. Os investimentos em petróleo poderiam, por exemplo, ir para energia eólica e solar”, conclui Renata.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Controversos-investimentos-em-petroleo/

Dias para salvar o oceano antártico

ANTATICA DI CAPRIO

Em poucos dias, alguns países poderão dar a largada para transformar grandes áreas do oceano antártico no maior santuário marítimo do mundo, salvando o habitat de baleias, pinguins e milhares de outras espécies polares das frotas da indústria pesqueira. Mas eles só vão agir se nos manifestarmos agora.

A maioria destes países apoia a criação do santuário, mas Rússia, Coréia do Sul e alguns outros estão ameaçando não aprovar o acordo para também saquear o oceano antártico após terem levado a pesca à exaustão em outras partes do planeta. Essa semana, um pequeno grupo de negociadores vai se reunir a portas fechadas para tomar uma decisão. Uma corrente gigante de pressão popular podeforçar a abertura das negociações, isolar os países que estão tentando bloquear a criação do santuário e assegurar um acordo para a proteção de 6 milhões de quilômetros quadrados do precioso oceano antártico.

As baleias e os pinguins não possuem voz própria, então cabe a nós defendê-los. Vamos convencer os negociadores produzindo uma onda gigante de pressão da opinião pública — a Avaaz vai cercar o encontro com anúncios publicitários impactantes e, juntos, entregaremos nossa mensagem para as delegações fazendo um barulho ensurdecedor nas redes sociais. Assinem essa urgente petição e compartilhem com todas as pessoas que vocês conhecem.

– Leonardo DiCaprio e a equipe da Avaaz (Postado:  15 outubro 2012)

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SE PUDER CONTRIBUIR, O LINK ABAIXO LEVARÁ VOCÊ AO SITE OFICIAL:
http://www.avaaz.org/po/save_the_southern_ocean_5/?slideshow

PRÓLEO – PRIMEIRO PROGRAMA SUSTENTÁVEL DE RESPONSABILIDADE PÓS CONSUMO DE ÓLEO COMESTÍVEL DO BRASIL

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A ERA DO DEGELO? (PARTE 3)

O DEGELO DA ANTÁRTIDA

Clima da Antártica

Temperatura na superfície da Antártica no inverno e no verão.

clima da Antártica é o mais frio da Terra, sendo a menor temperatura já documentada no planeta de -89.6 °C na Estação Vostok. Ela também é extremamente seca, com uma média anual de precipitação entre 30 e 70 mm; contudo, na maior parte do continente, a neve nunca derrete e é comprimida até transformar-se em geleiras que formam plataformas de gelo. As massas de ar raramente penetram a fundo no continente.

Mudanças climáticas

Tendências na temperatura superficial.

Vários estudos observaram um aquecimento do continente, das águas em volta deste ou do ar em sua superfície nos últimos 200 anos, em especial na Península Antártica, onde se observou um aquecimento de 2,5 °C nos últimos 50 anos.

Há mesmo estudos que apontam um derretimento mais rápido do gelo do que previsto anteriormente. A evidência mais clara foi o recente esfacelamento da Plataforma de Gelo Larsen-B de 3 mil km² e 200 metros de espessura em menos de um mês.

Alguns estudiosos não atribuem esse aumento na temperatura ao aquecimento global, dizendo ter causas naturais apenas acentuadas pelos gases estufa ou desconhecidas, mas segundo estudos das Nações Unidas e da Organização Meteorológica Mundial esta é não só uma das causa, como a principal. O estudo também mostra que a maioria do aquecimento é produto de atividades humanas.

As consequência são o descongelamento das geleiras, impactos na vida animal e o aumento do nível do mar no planeta. Simulações mostraram que milhares de espécies podem ser extintas em pouco mais de um século caso as temperaturas continuem a subir. Os crustáceos que vivem nas áreas costeiras, por exemplo, deixariam de conseguir retirar oxigênio suficiente da água Os pinguins em anos recentes tiveram sua disponibilidade de alimentos diminuída e passaram a migrar para áreas mais frias.

Algumas análises mostram um derretimento maior tanto na Península Antártica quanto na Antártica Ocidental, ainda que a camada de gelo na Antártica Oriental esteja aumentando. Esse aumento, no entanto, pode ser causado por um aumento da precipitação causado, por sua vez, por um aumento na temperatura do ar. Se todo o gelo derretesse, o nível do mar subiria até 80 metros, mas cientistas chegaram a conclusão de que a massa de gelo perde 152 quilômetros cúbicos por ano — correspondentes ao aumento de 1,8 milímetros anuais do nível do mar no presente — e que o derretimento total do continente levaria muito tempo. (Wikipédia)

VEJA AS ALTERAÇÕES SAZONAIS DO CLIMA

Satélites da ESA dão uma visão mais profunda no gelo marinho

05 de outubro de 2012

Este ano, os satélites viram a extensão do gelo do mar Ártico atingindo uma baixa recorde desde que as medições começaram em 1970. SMOS da ESA e satélites CryoSat darão uma olhada mais aprofundada, medindo o volume da cobertura de gelo marinho.

As medições de umidade da ESA, do solo e salinidade dos oceanos da missão SMOS, mostram que o gelo tem diminuído significativamente nas zonas sazonais de gelo, com extensas áreas a menos de meio metro de espessura (>50 cm).

O gelo do mar tem uma grande influência sobre a troca de calor entre oceano e atmosfera. O fluxo de calor pode variar dependendo da espessura do gelo do mar e a temperatura do ar. O gelo do mar pode afetar também a circulação atmosférica nas latitudes médias.

CLIQUE > http://multimedia.esa.int/Videos/2012/10/SMOS-reveals-thin-sea-ice

Apesar de não ser originalmente projetado para olhar para o gelo, os dados do satélite SMOS estão sendo avaliados para monitorar gelo do mar Ártico.

Os resultados revelam que a radiação emitida pelo gelo permite que SMOS penetre na superfície, medindo a espessura de até 50 cm – principalmente o gelo mais fino e mais jovem à beira do Oceano Ártico.

SMOS em órbitaIsto permite uma melhor avaliação do volume do gelo jovem, que é a base de gelo de menor idade. A espessura do gelo dos anos indicam a saúde da cobertura Ártica de gelo marinho . “A quantidade de gelo fino esperado durante o próximo congelamento é de cerca de 12 milhões de km ², cobrindo o Oceano Ártico como nunca”, disse Lars Kaleschke da Universidade de Hamburgo Centro para Pesquisa do Sistema Terra e Sustentabilidade.

“O gelo espesso que sobreviveu ao verão, no entanto, cobre apenas 2,2 milhões de quilômetros quadrados.”

A vantagem do SMOS é que ele cobre todo o oceano Ártico numa base diária, embora a resolução é relativamente baixa, em quilômetros quadrados, sendo 35 x 35 por pixel.

Para uma visão mais detalhada, sobre o gelo grosso do mar e a espessura do escudo de gelo, a missão “ESA – CryoSat”, usa uma técnica diferente e de alta resolução ao longo de sua faixa de alcance – cerca de 300 m.

No início deste ano, o mapa primeira variação sazonal do Ártico espessura do gelo marinho do CryoSat foi revelado. Foi o primeiro mapa de sua espécie gerada utilizando dados de um radar altímetro e em tal alta resolução.

A combinação dos dados diários SMOS sobre gelo fino e as medições muito detalhados do CryoSat fornece uma capacidade única de monitorização do volume de gelo polar.

Missão da ESA geloCom o congelamento-se já em andamento, CryoSat retomou as medidas de gelo do inverno no Ártico. Nos próximos meses, os dados CryoSat irão revelar o efeito causado neste verão recorde do gelo marinho em espessura e volume. É importante manter uma estreita vigilância sobre o Ártico, pois este ecossistema inacessível e muito sensível está mudando rapidamente.O desaparecimento do gelo tem um efeito importante sobre o hemisfério norte.

ESA vai continuar a acompanhar o Árctico com a série Sentinel próximo da Terra por satélites de observação de Monitoramento Global da Europa para o ambiente e da segurança (GMES).

Os novos resultados espessura do gelo do mar fazem parte do projeto financiado pela SMOSIce Suporte da ESA para a ciência Elemento (efluente). Visite:

http://www.esa.int/esaLP/SEMK64FRI7H_LPsmos_1.html#subhead2

ASSISTA AO VÍDEO:

A ERA DO DEGELO? (PARTE 2)

Nesta segunda matéria, sobre o assombroso e acelerado ritmo de degelo das geleiras no mundo, diretamente relacionadas às atividades humanas de desenvolvimento insustentável, vamos falar ver sobre o sucessivo e progressivo degelo  Ártico, e as consequências diretamente relacionadas a esse processo.

Esta matéria foi publicada pela BBC Brasil, e apontam, que este pode ser o último verão em que as mesma poderão ser vistas, acompanhe a matéria e assista ao vídeo, compartilhe esta informação.

O DEGELO ÁRTICO

(IMAGEM – Imagem da Nasa mostra redução da extensão de gelo marinho no Ártico nos últimos 30 anos)

O gelo marinho do Ártico atingiu sua menor extensão do ano, estabelecendo um novo recorde de menor cobertura durante o verão (no hemisfério norte) desde que dados de satélite começaram a ser coletados, em 1979.

A extensão em 2012 caiu para 3,41 milhões de km² – 50% menor que a média entre 1979 e 2000. 

Há tempo o gelo marinho do Ártico é considerado um indicador das mudanças climáticas. Cientistas que vem analisando o surpreendente degelo acreditam que ele é parte de uma mudança fundamental.

“Nós estamos agora em território desconhecido”, disse Mark Serreze, diretor do Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês) no Estado americano do Colorado.

“Ao mesmo tempo em que já sabíamos que, à medida que o planeta se aquece, mudanças serão vistas primeiro e mais pronunciadamente no Ártico, poucos entre nós estavam preparados para a rapidez com que essas mudanças iriam ocorrer.”

Cobertura fina

O recorde deste ano encerra um verão de baixa cobertura de gelo no Ártico. Em 26 de agosto, a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km², quebrando o recorde de baixa anterior, estabelecido em 18 de setembro de 2007, de 4,17 milhões de km².

Em, 4 de setembro deste ano, caiu abaixo de 4 milhões de km², outro recorde nos 33 anos em que dados de satélite são coletados.

“O forte declínio no final da estação mostra como a cobertura de gelo está fina”, disse o cientista Walt Meier, do NSIDC.

“O gelo precisa estar muito fino para continuar derretendo à medida que o sol se vai e o outono se aproxima.”

Cientistas dizem que estão observando mudanças fundamentais na cobertura de gelo marinho. O Ártico costumava ser dominado por gelo de várias camadas, que sobrevivia ao longo de muitos anos.

Mais recentemente, a região tem sido caracterizada por uma cobertura de gelo sazonal, e grandes áreas estão agora inclinadas a derreter completamente no verão.

Declínio dramático

A extensão do gelo marinho é definida como a área total coberta por pelo menos 15% de gelo, e varia de ano para ano, por causa de variações no clima.

No entanto, a extensão de gelo tem mostrado um dramático declínio geral nos últimos 30 anos.

Um estudo de 2011 publicado na revista científica Nature usou núcleos de gelo e sedimentos lacustres para reconstruir a extensão de gelo marinho no Ártico ao longo dos últimos 1.450 anos.

Os resultados sugerem que a duração e a magnitude do atual declínio pode não ter precedentes nesse período.

A cientista Julienne Stroeve, do NSIDC, está a bordo de um navio do Greenpeace em Svalbard, na Noruega, que acaba de retornar de uma expedição de pesquisa para avaliar o derretimento na região.

Ela disse que o novo recorde sugere que o Ártico “talvez tenha entrado em uma nova era climática, na qual a combinação de gelo mais fino com ar e temperaturas dos oceanos mais quentes resultam em mais perda de gela a cada verão”.

“A perda de gelo marinho no verão levou a um aquecimento incomum da atmosfera do Ártico, que por sua vez tem impacto nos padrões de clima no hemisfério norte, o que pode resultar em condições climáticas extremas constantes, como secas, ondas de calor e enchentes”, diz Stroeve.

Consequências

O pesquisador Poul Christoffersen, da Universidade de Cambridge, disse à BBC: “Nós sabemos muito pouco sobre as consequências de reduções drásticas no gelo marinho”.

“A maioria dos modelos de projeções incluem um declínio menos rápido”, afirma.

Entre as possíveis consequências em grande escala da redução de gelo marinho, ele cita mudanças nos padrões de ventos e nas correntes oceânicas.

Se a atual tendência de derretimento durante os meses de verão continuar, alguns apontam que, além de enormes desafios, também haverá oportunidades.

Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.

Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico – apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas.

Essas companhias sofrem forte oposição de grupos ambientalistas.

Paul Rincon – Editor de Ciência da BBC
Atualizado em  19 de setembro, 2012 – 23:07 (Brasília) 02:07 GMT

A ERA DO DEGELO? – SÉRIE BLOGUEDES

Aqui no BLOGUEDES serão apresentadas, a partir desta semana, uma série de reportagens e publicações de estudos que demonstram cientificamente a progressão desenfreada do derretimento de gelo (DEGELO) em todos os continentes.

Sendo possível, a partir de comparações, demonstrar que a forma de desenvolvimento capitalista ainda hoje praticada, é incompatível com a capacidade global de reposição natural, ou insustentável.

Por hora, nos atualizemos sobre a questão degelo, e aproveitando para refletir, quais ações individuais e grupais, podemos praticar em vista a mobilização local, regional e/ou global, em prol da sustentabilidade, por hoje, e pelo futuro já incerto. (Guedes Jr.).

Mas… o que é mesmo degelo?

O degelo ocorre em várias partes do mundo, sendo o processo de liquefação do gelo  dos continentes e polos devido ao aquecimento do planeta.

As grandes massas de gelo, estão localizados em grandes altitudes, como em cumes de montanhas, em picos elevados ou então nos polos, como no Ártico, onde segundo especialistas, é a região mais afetada pelo aquecimento do planeta.

Nos últimos anos, a camada de gelo Ártico tornou-se 40% mais fina e a sua área diminuiu 14%. Isto porque as temperaturas médias no Alasca, no noroeste do Canadá e na Sibéria subiram bem mais que a média global. Em apenas 30 anos, houve um aumento significativo de temperatura na ordem de 2,75°C.

De acordo com a agência espacial norte-americana (NASA), o gelo no Ártico vem diminuindo 10% a cada década desde 1980. No outro extremo da Terra, a Antártica sofreu elevação de temperatura de 2,5°C desde 1940.

Somente no período posterior a 1997, essa região registou um degelo de 3 mil quilômetros quadrados (embora existam geleiras que aumentaram de tamanho, por causa das alterações nas correntes marítimas).

As principais cordilheiras do mundo também podem perder massa de gelo e neve. De acordo com o Worldwatch Institute, desde 1850 as geleiras dos Alpes recuaram de 30% a 40%.

Artigo da revista britânica especializada Science, de outubro de 2002, afirma que a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, podem desaparecer nas próximas duas décadas.

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China responde por metade dos investimentos globais em renováveis

China responde sozinha por metade dos investimentos globais em renováveis

São Paulo – Por trás da consolidação chinesa na primeira colocação está o alto investimento na indústria de energia eólica. O gasto da China com este segmento equivale à metade do total de investimento em novos projetos eólicos do resto do mundo.

Só no primeiro semestre de 2010, Pequim destinou 10 bilhões de dólares para projetos internos, de um total de mundial de 20,5 bilhões de dólares. Esse investimento pesado garantiu a predominância chinesa no setor – 50% de todas as turbinas movidas por vento no mundo que começaram a operar este ano estão instaladas na China.

Diante deste cenário de políticas reforçadas de energia limpa, é previsto um investimento acumulado potencial para a China na próxima década de 620 bilhões de dólares, volume que deverá cobrir a instalação de mais 375 GW de energia renovável.

Edifíco Taipei 101, na China: o prédio sustentável mais alto do mundo

Taipei: o prédio verde mais alto

Não satisfeito em ser um dos edifícios mais altos do planeta, com seus 509 metros de altura e 101 andares, o chinês Taipei resolveu passar por um retrofit para se tornar o maior arranha-céu ecológicodo mundo. A administração do local investiu cerca de 3 milhões de reais em obras que deixassem o prédio mais sustentável. Entre as credenciais eco-amigáveis, o edifício possui vidros especiais que filtram a luz do sol e impedem a formação de ilhas de calor no interior dos escritórios.

Também conta com um controle de qualidade interna do ar, sistema de captação de água da chuva e tratamento de reciclagem de água cinza para reutilização no banheiro e limpeza. Além disso, políticas de gestão de energia permitiram melhorar em 30% a eficiência energética e evitar emissões de carbono de 5.369 toneladas. Algumas melhorias tiveram a ver com mudanças de hábito. Por meio de atividades de educação ambiental, as cerca de mil pessoas que trabalham no prédio passaram a reciclar mais e buscar meios alternativos de transporte, como compartilhamento de carro.

DISPONÍVEL:
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/os-10-paises-que-mais-investem-em-energia-renovavel?p=1#link